PP escapou da ameaça de ser engolido pelo PL no Rio Grande do Sul

Com o avanço do PL na eleição de 2022, filiados e simpatizantes do Progressistas assistiram a um avanço do partido de Jair Bolsonaro sobre suas bases. Naquele momento, o temor era de que o PP fosse engolido pelo PL, um partido que saiu das urnas com mais deputados federais e, portanto, mais dinheiro para as campanhas.  No início deste ano, o PL fez nova investida sobre prefeitos e vereadores do PP, mas o deputado federal Covatti Filho, presidente estadual do Progressistas, resolveu dobrar a aposta e estabeleceu como meta não só manter a liderança em número de prefeituras, como aumentar o número de prefeitos, vices e vereadores. 

Covatti atraiu novos líderes e o PP saiu maior da janela partidária. Apurados os votos de 6 de outubro, o PP comemorou o cumprimento da meta de eleger o maior número de prefeitos (foram 163 contra 126 do MDB), um crescimento de 15% em relação a 2020, além de aumentar o número de vice-prefeitos de 127 para 136 e de vereadores de 1.274 para 1.305. 

O presidente Progressista apostou na capacitação de líderes e na atenção ao Interior. Nos últimos dois anos, o PP promoveu 51 encontros de capacitação que reuniram mais de 8 mil pessoas em todo o Rio Grande do Sul. Como a coluna já registrou, o partido também aumentou de oito para 15 o número de prefeitas e subiu de 14 para 23 vice-prefeitas. Duas filiadas estão disputando o segundo turno como vice-prefeitas (Gladis Frizzo em Caxias do Sul e Professora Lúcia em Santa Maria). 

"São mais prefeitos, mais vices e mais vereadores. O dinheiro do fundo eleitoral e a foto do Bolsonaro no santinho seduziam. Mas nós botamos o pé na estrada, ajudamos com capacitação os nossos candidatos, dividimos de maneira muito igual os recursos e o resultado veio. O trabalho e a tradição da direita raiz saíram vitoriosas nas urnas", comemora Covatti, herdeiro de uma dinastia que inclui o pai, Vilson Covatti, secretário de Desenvolvimento Rural, e a mãe, Silvana, deputada estadual.

Fonte: GZH