Após renunciar à prefeitura de Bagé alegando problemas de saúde, Divaldo Lara (PRD) atribuiu ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) operações que foram deflagradas contra ele pela Polícia Federal. “Depois da mudança do governo federal, e eu sou conhecido por ser um prefeito bolsonarista, sofri três operações”, afirmou o agora ex-prefeito ao Correio do Povo.
Em sua carta de renúncia, citou aspectos “físicos e emocionais” que estariam relacionados a problemas de saúde. Ele conta que realizou uma bateria de exames, em que foram constatadas “alterações nos exames cardíacos”. O político acredita as últimas vivenciadas por ele e pela família podem ter contribuído.
“Não foi uma operação, foram três! Sendo que, na última, foram retirados móveis da minha casa, eletrodomésticos, que me foram devolvidos dias depois. Alegaram que eu tinha itens luxuosos e acabaram levando forno elétrico, adega, micro-ondas, panelas, e acabaram devolvendo todos os itens. Isso causa sem dúvida nenhuma um abalo emocional muito grande”, relata.
Após quase oito anos à frente do Executivo de Bagé e a menos de dois meses de deixar a prefeitura, Lara se diz de “missão cumprida”. Quem assume é o vice-prefeito Mário Mena Kalil (União Brasil), que ficará a cargo do processo de transição: o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT) foi eleito para a gestão que se inicia em 1º de janeiro de 2025.
“A transição vai ser pacífica e já está toda organizada com o secretariado e com o vice-prefeito. Vamos entregar 43 obras em andamento no município, equipamentos todos revisados em funcionamento”, afirmou.
Lara disse que seguirá realizando exames nesta sexta-feira e que sua prioridade a partir de agora será cuidar da própria saúde, além de se dedicar à família.
Fonte: Correio do Povo