Prevendo a disputa de 2026, o PT hoje tem dois nomes postos para colocar na mesa de negociações. Mesmo que, de público, siga a cartilha geral e informe que, primeiro, vai discutir uma união programática. O nome ao Senado é o do ministro Paulo Pimenta. E, para o Piratini, o do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
Há consenso até o momento sobre os dois, mas os movimentos realizados há duas semanas por Pimenta, para reforçar que ambos estão chancelados por Lula, acabaram causando ruídos no diretório gaúcho e também com o PSol. A executiva estadual petista respondeu com uma nota pública de 10 linhas, assinalando a necessidade de “discussão nas instâncias partidárias no momento oportuno.”
A deputada estadual Luciana Genro, que preside a federação PSol/Rede, disse que o debate sobre 2026 neste momento “não faz nenhum sentido”, e que a apresentação de nomes “menos sentido ainda.” De quebra, assinalou que as alianças em 2022 para o governo do Estado e o Senado e em 2024 para a prefeitura da Capital “não significam em hipótese alguma que PT e PSol estarão juntos em 2026 no RS.”
O PT arrancará, no Estado, oferecendo a aliados a cadeira de vice e a outra vaga ao Senado, com dois focos: manter a aliança com o PSol e insistir em atrair o PDT para uma frente. Em uma composição “ideal” do ponto de vista petista, o PSol poderia ficar com a segunda vaga ao Senado e o PDT na vice. As preferências do partido de Lula, neste caso, recaem sobre a ex-deputada Juliana Brizola e o deputado federal Afonso Motta. Contudo, ambos, neste momento, miram a Câmara dos Deputados.
Fonte: Correio do Povo