CIDADE
23/05/2025 às 18:59 por Redação


Secretária de Educação de Santo Ângelo defende unificação de escolas: “É para melhorar a qualidade e ampliar vagas”

Secretária de Educação de Santo Ângelo defende unificação de escolas: “É para melhorar a qualidade e ampliar vagas”
Foto: Grupo Sepé

Nas últimas semanas, pais de alunos da rede municipal de ensino de Santo Ângelo têm manifestado preocupação nas redes sociais diante da proposta de unificação administrativa de algumas escolas de Educação Infantil no município. Em resposta, a secretária municipal de Educação, Eliane Carpes, concedeu entrevista exclusiva ao Grupo Sepé, explicando os motivos e os impactos da decisão.

Segundo a gestora, a medida visa otimizar recursos, melhorar a gestão pedagógica e ampliar o número de vagas nas instituições. A proposta inicial abrange quatro unificações, envolvendo as escolas: EMEI Ludovico Rigotti com EMEF Mário Piratini; EMEI Carinho com EMEF Heinz Augusto Rogowski; EMEI Sônia com EMEF Zelina; e EMEI Wilson Gonçalves Ramos com EMEF Antônio Manoel.

“A maioria dessas escolas está literalmente lado a lado. Vamos retirar as cercas que as dividem, abrir acessos internos e manter os espaços adequados para cada faixa etária”, explicou. A unificação será, inicialmente, administrativa e pedagógica. Estruturas como cozinhas, pátios e salas seguirão separadas até que adaptações sejam concluídas.

Integração entre infantil e fundamental

Para Eliane, a mudança beneficia o processo de transição das crianças da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. “Quando a criança sai do maternal e vai para o pré, já estará familiarizada com o espaço e com os professores. Isso facilita o processo de adaptação”, argumentou.

Com a unificação, a expectativa da Secretaria é ampliar entre 15 a 20 vagas em cada unidade. Um dos fatores que motivam a decisão é a falta de professores, já que o último concurso público venceu em novembro de 2024 e não há possibilidade de novas convocações. Com a fusão das direções escolares, as atuais diretoras poderão voltar à sala de aula, ampliando a capacidade de atendimento.

Reações e números

A proposta gerou dúvidas entre os pais, que apontam temores quanto à qualidade do atendimento, à sobrecarga de gestão e à eventual perda da identidade de cada escola. A secretária contesta esse argumento, afirmando que mesmo escolas com até 300 alunos, como a Escola Municipal de Ensino Fundamental Mathilde Ribas Martins, operam com uma única direção e coordenação pedagógica.

Eliane detalhou o número de alunos atendidos por unidade:

  • EMEI Carinho: 62 alunos

  • EMEF Heinz Augusto Rogowski: 113 alunos

  • EMEI Sônia: 54 alunos

  • EMEF Zelina: 147 alunos

  • EMEI Ludovico: 56 alunos

  • EMEF Mário Piratini: 210 alunos

  • EMEI Wilson: 50 alunos

  • EMEF Antônio Manoel: 203 alunos

Tempo integral como aposta

Outro ponto destacado é a implantação de turmas em tempo integral. Um projeto-piloto já está em andamento na Escola Municipal de Ensino Fundamental Mathilde Ribas Martins, com uma turma de pré-escola em período integral, aprovada por 100% das famílias consultadas.

“A ideia é proporcionar continuidade pedagógica, fortalecer o vínculo das crianças com o espaço escolar e facilitar a vida das famílias, especialmente das que trabalham o dia todo”, explicou.

A Secretaria de Educação realizará reuniões com as famílias das escolas envolvidas para explicar o processo e ouvir sugestões. A expectativa é que a transição ocorra ainda neste ano letivo."Estamos fazendo isso para melhorar o ensino, dar mais estrutura, ampliar o número de vagas e acolher melhor nossas crianças. Todo o processo será feito com diálogo", finalizou Eliane Carpes.

Redação do Grupo Sepé 


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