Distribuição irregular de doses de vacina dificultam trabalho de imunização

Em nova pesquisa sobre abastecimento de vacinas nos Municípios brasileiros, a Confederação Nacional de Municípios identificou que a falta de imunizantes ainda é relatada por um em cada três Municípios. Nesta terceira edição do levantamento, foram ouvidos MIL 490 gestores. A pesquisa mostra que o desabastecimento da vacina contra a varicela/Catapora continua sendo a mais frequente com 32%. Em comparação com a primeira edição da pesquisa, o percentual de Municípios afetados pelo desabastecimento de vacinas caiu de 64,7% para 33,7% entre os respondentes.

O dado indica um cenário bastante preocupante, que evidencia a distribuição irregular de doses, o que gera sérios desafios à gestão local.

Nos 338 Municípios respondentes que declararam falta da vacina contra a varicela, aplicada em crianças o desabastecimento tem média superior a 90 dias. Em seguida, os imunizantes mais relatados pelos gestores foram a Tetraviral, 16%, a Covid Adulto a Covid Criança 8% e a Dengue 8%. Quanto aos problemas com a vacina contra a Covid-19, a Confederação Nacional de Municípios alerta que esse cenário pode ter relação com o aumento observado no número de notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave.   Quando cruzadas as bases de dados das pesquisas realizadas em setembro e em dezembro de 2024 e do atual levantamento, verificou-se que 750 Municípios participaram das três. O percentual desses Municípios com alguma falta de vacina passou de 70,3% em setembro para 72,9% em dezembro e 33,7% em abril/maio de 2025. Em 249 deles, portanto, houve piora no cenário, o que representa um a cada quatro Municípios desse universo.

SANTO ÂNGELO

Em Santo Ângelo, conforme o secretário da Saúde Flávio Christensen não há falta de vacinas, “no entanto o município recebeu um volume menor de vacinas Covid Adulto, o que não compromete o trabalho de imunização uma vez que a procura pelo imunizante e é bastante reduzida”, informou.