Infectologista fala sobre os cuidados com as doenças de inverno e a necessidade de vacinação contra a gripe

O infectologista do HRM (Hospital Regional das Missões) Sérgio Jaskulski, participou na manhã desta segunda-feira, 9, do programa Aldeia Global, acompanhando o provedor da instituição, Renato Salzano. Na oportunidade ele falou da importância dos cuidados preventivos contra as doenças de inverno, que inicia oficialmente dia 20 de junho, mas que já causa o aumento das doenças respiratórias, uma vez que vem precedido por tempo instável, com chuvas, garoas, frios e oscilações de temperaturas. Segundo o profissional, essa junção de fatores traz reflexos negativos para as vias respiratórias, e podem causar uma série de sintomas gripais, além de casos mais graves de SRAGs,  H1N1, doenças pulmonares, e até Covid, que ainda não foi eliminada totalmente.

Entre o trabalho preventivo, Sérgio Jaskuskki destacou que a parte médica aprendeu muito sobre síndromes respiratórias a partir da chegada da Covid19. E, que é normal casas de saúde implementarem planos de contingência ao menor índice de aumento de casos envolvendo problemas relacionados a doenças respiratórias. “A gente prepara os hospitais para enfrentar a sazonalidade. E, ao mesmo tempo a nossa maior arma que existe é a vacina: desde 95 temos uma vacina efetiva contra a gripe – a cada ano aparece uma nova Cepa da qual precisamos nos proteger, e hoje a vacina que está sendo aplicada ela protege da H1N2, Influenza A e B, e H3N2”, destacou, acrescentando que é a melhor arma que se tem como proteção. “Não vai ser antibiótico que vai segurar uma epidemia”, destacou. Ele também disse que a população precisa estar atenta para a vacina, até porque ela vai proteger o indivíduo contra os ataques do vírus da gripe.

A média da população idosa que se vacinou até o momento no município chega a 36%. Índice considerado baixo pelas autoridades ligadas ao setor de saúde pública.

SIRAG E SARS

Nos casos graves, atualmente há uma pessoa internada em Santo Ângelo por SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave). “A média de internados na UTI é de um caso”, disse o médico. Os casos de internação são dois. Segundo ele, o que aumentou muito são os casos leves, que procuram a emergência do Hospital. A faixa de 60 anos é a que tem registrado maior procura por atendimento. “A maioria não se vacinou”, diz.

A incidência maior de pacientes atendidos nas emergências são idosos, crianças e pessoas com comorbidade. “O fator de risco é maior”, disse.

ETIQUETA RESPIRATÓRIA

Caso você esteja apresentando sintomas gripais, até mesmo coriza, a orientação é de que lave as mãos com frequência para evitar contaminar outras pessoas; evitar ambientes não ventilados e com aglomeração de pessoas; evitar contatos mais íntimos; usar álcool gel e usar máscara. Essa etiqueta vale para todas as idades, além de ser sinônimo de educação e empatia para com outros que podem ser contaminados.

Redação do Grupo Sepé