Foi liberado nesta quarta-feira, 11, o corpo de Viviana Villalba, jovem de nacionalidade argentina que morreu após ser atropelada e ficar presa no capô de um carro, em Giruá. A vítima completaria 22 anos no dia do acidente, ocorrido no último domingo, 8.
Natural de Pueblo Illia, no município de Dos de Mayo, província de Misiones, Viviana estava morando e trabalhando há cerca de duas semanas em uma casa noturna localizada às margens da RS-344, próximo de onde foi atropelada. O corpo estava no Posto Médico-Legal (PML) de São Luiz Gonzaga e foi liberado por volta das 8h45min. O translado até a Argentina ocorreu no fim da tarde, por meio de balsa.
Os custos com os trâmites legais em território brasileiro serão arcados pela Prefeitura de Giruá. A partir da chegada em solo argentino, os procedimentos fúnebres e legais ficarão sob responsabilidade das autoridades locais.
Logo após o ocorrido, colegas de trabalho de Viviana atravessaram a fronteira e trouxeram sua mãe até Giruá. Desde então, a familiar está hospedada e recebendo apoio emocional da proprietária da boate onde a jovem trabalhava.
Segundo a dona do estabelecimento, a casa noturna encerrou o expediente por volta da 1h30min. Cerca de duas horas depois, Viviana teria saído a pé, sem avisar as colegas, vestindo apenas um moletom. A empresária afirma desconhecer se a jovem havia consumido bebidas ou substâncias ilícitas, mas garante que não permite esse tipo de prática no local.
Ela também critica a conduta do motorista envolvido no atropelamento, afirmando que ele não prestou socorro e segue em liberdade, sem demonstrar arrependimento. “O condutor continua sem demonstrar solidariedade. Queremos justiça. Isso que aconteceu com a Viviana poderia ter ocorrido com qualquer uma de nós”, disse.
A delegada Elaine Maria da Silva, titular da Delegacia de Polícia de Giruá, conduz o inquérito que apura as circunstâncias do atropelamento. Conforme a investigação preliminar, há indícios de que o motorista tenha tentado frear no momento em que atingiu a vítima.
No entanto, a autoridade policial ressalta que ainda não é possível afirmar se o condutor parou o veículo após o impacto, como foi veiculado anteriormente. O caso está sendo tratado como homicídio culposo no trânsito, e o inquérito deverá ser concluído e remetido ao Judiciário em até 30 dias.
Redação do Grupo Sepé com informações do Correio do Povo