O corpo de Juliana Marins, 26, passou por autópsia na manhã desta quarta-feira (2) no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. Segundo o Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, o exame teve início às 8h30 e durou pouco menos de duas horas e meia.
O laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias. O corpo será liberado para retirada pelos familiares, informou o órgão em nota.
O exame foi realizado por dois peritos legistas da Polícia Civil, e observado por um perito da Polícia Federal e um assistente técnico da família. Mariana Marins, irmã de Juliana, esteve no IML durante a autópsia.
O exame foi homologado após audiência na Justiça Federal na terça (1º), com presença da AGU (Advocacia-Geral da União), Defensoria Pública da União e governo do estado do Rio.
"Agora estamos na expectativa do laudo, que não sai hoje, demora alguns dias, por conta de alguns exames que têm que ser feitos na minha irmã", afirmou Mariana na saída do IML.
"Eu acredito que ela sofreu muita negligência nesse resgate, então vamos continuar atrás das providências."
O corpo de Juliana chegou ao Rio na noite desta terça (1º), após ser transportado pela FAB (Força Aérea Brasileira) entre o aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, e a Base Aérea do Galeão. O corpo já havia passado por autópsia na Indonésia, mas a família pediu um novo procedimento à União.
O objetivo é esclarecer data e hora da morte e identificar sinais que apontem a causa e que não tenham sido observados pela perícia indonésia. A precisão da necropsia vai depender do estado do corpo e da necessidade de realizar novos exames. "Uma coisa que a gente tinha medo é de que Juliana ficasse desaparecida. Então, apesar de o resgate não ter acontecido no tempo hábil para Juliana ter saído com vida, pelo menos estamos com ela de volta no Brasil. Eu sei como é importante para todas as famílias quando tem esse desfecho, quando a pessoa fica desaparecida", disse a irmã.
Yuri Eiras | Folha de São Paulo