Há exatos 12 meses, em 5 de julho de 2024, o antigo Centro Administrativo José Alcebíades de Oliveira — sede da Intendência/Prefeitura de Santo Ângelo por quase um século — ganhava nova vida como o Museu Histórico das Missões (MHM). Idealizado pelo curador Douglas Barbosa e viabilizado pelo Edital + Museus do programa Avançar na Cultura, o espaço completa seu primeiro aniversário consolidado como centro de referência para estudiosos e turistas.
Em seu primeiro ano, o MHM contabilizou 38.746 visitantes: 35.178 gaúchos de outros municípios; 3.190 brasileiros de fora do estado; e 378 estrangeiros, atraídos pela história singular das reduções jesuíticas.
“Superamos as metas de público em 20%”, comemora Barbosa. “É uma prova de que as Missões têm apelo não apenas regional, mas nacional e internacional.”
Sob curadoria de Barbosa, a coleção já reúne mais de 1.000 peças — entre imaginária missioneira, objetos litúrgicos em prata, cerâmicas Guarani, documentos originais do século XVIII entre peças esculpidas em pedra e instrumentos de metalurgia forjados nas oficinas das reduções.
Além disso, o MHM abriga o Memorial Étnico-Cultural, o Memorial do Gabinete do Prefeito/Intendência e salas temáticas sobre as Missões Jesuíticas, espaços que valorizam tanto a trajetória de lideranças indígenas quanto dos administradores da cidade.
Para o segundo ano, está previsto o lançamento de visitas guiadas em realidade aumentada e oficinas de educação patrimonial voltadas a escolas da região. A edificação de 1929, tombada pelo município em 1994, foi totalmente adaptada ao uso museológico, preservando seu hall central e as escadarias originais.
“Manter a alma do prédio foi tão importante quanto montar as coleções,” ressalta a arquiteta de restauro que participou do projeto Karla Gonzalez.
Além do salão principal, o museu incorporou em seu prédio o Arquivo Histórico Augusto César Pereira dos Santos, oferecendo a acadêmicos salas climatizadas para consulta a documentos raros.
Patrick Siede/Redação do Grupo Sepé