Dois moradores do município de Santo Ângelo registraram ocorrências na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) após serem vítimas de um golpe pelo aplicativo WhatsApp. Ambos relataram que foram contactados por chamadas de vídeo de supostas empresas, nas quais foram induzidos a fornecer dados pessoais e códigos de segurança que resultaram no roubo de suas contas no aplicativo. O primeiro caso foi registrado por um homem que relatou ter recebido, na tarde de ontem, 12, uma ligação de vídeo no WhatsApp de alguém que se apresentou como funcionário de uma empresa onde ele é cliente.
O golpista informou que ele havia ganhado um prêmio de incentivo e, para receber, deveria responder a algumas perguntas e fornecer dados como e-mail, endereço e CPF. Logo após fornecer as informações, o celular da vítima se desligou inesperadamente e, ao religar, ele percebeu que havia perdido acesso ao WhatsApp. Conhecidos começaram a contatá-lo para confirmar se ele estaria pedindo dinheiro emprestado via Pix, o que evidenciou o uso indevido de sua conta. No segundo caso, uma mulher relatou à polícia que recebeu uma chamada de vídeo semelhante. A ligação foi realizada por um homem que se identificou como representante de uma empresa da qual ela participa de um grupo de ofertas. O golpista afirmou que ela havia sido sorteada para receber R$ 400 e perguntou se preferia o valor via Pix ou vale-compras.
Ao escolher a opção do Pix, a vítima foi orientada a compartilhar um código recebido por e-mail. Após fornecer o código, o celular apresentou falhas e a vítima perdeu o acesso ao WhatsApp. Apesar de não ter registrado prejuízo financeiro direto, ela soube que tentativas de solicitação de empréstimos em seu nome foram feitas a amigos e familiares. Ambos os casos estão sendo investigados pela polícia, que alerta para a prática comum de golpes de clonagem de WhatsApp envolvendo supostos prêmios ou benefícios.
A orientação é que as pessoas jamais compartilhem códigos de segurança recebidos por mensagem ou e-mail e desconfiem de qualquer contato suspeito.
Redação do Grupo Sepé (vedada a reprodução sem citar a fonte)