POLÍCIA
27/08/2024 às 08:34 por Francine Boijink


Fabricação de bochas paralímpicas com mão de obra prisional une ressocialização e solidariedade em Ijuí

Fabricação de bochas paralímpicas com mão de obra prisional une ressocialização e solidariedade em Ijuí
Foto: João Pedro Rodrigues/Ascom SSPS

Com foco na promoção do trabalho como possibilidade de ressocialização de apenados e no incentivo à solidariedade, a Penitenciária Modulada Estadual de Ijuí (PMEI) deu início no começo de agosto à fabricação de bochas paralímpicas, que serão doadas a pessoas com deficiência no Estado. Os itens são produzidos artesanalmente, costurados a mão por quatro detentos do estabelecimento, que são beneficiados com a remição de um dia da pena a cada três trabalhados.

A ideia é que as bochas sejam utilizadas para treinos nas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) do Rio Grande do Sul, como meio de ampliar o acesso ao esporte entre essa parcela da população. Qualquer pessoa em cadeira de rodas com alguma deficiência grave que afete a função motora pode praticar a modalidade.

Há cerca de quatro anos, a partir da procura de entidades que lidam com pessoas com deficiência por parceiros para confeccionar as bochas, a PMEI passou a desenvolver estudos para produzir os itens com um valor mais acessível do que o encontrado no mercado. Esse processo, que durou um ano, envolveu testes com diversos materiais, para alcançar o tamanho e o peso ideais. Um kit de bochas paralímpicas custa, em média, R$ 1 mil, já no estabelecimento prisional, o preço é de R$ 100.

Para iniciar a confecção, a unidade conseguiu uma parceria com a empresa 3tentos para financiar o projeto, intermediada pela Apae do município, em 2024. Com o recurso de R$ 5 mil, foi possível comprar os materiais necessários para a fabricação de 50 kits, que são compostos por 13 bochas cada. Os apenados devem concluir todos os kits em cerca de dois meses.

Informações SSPS


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