Um lance no final do primeiro tempo do Juventude na estreia do Campeonato Brasileiro, na semana passada, passou despercebido para os torcedores, mas não para casas de apostas. Logo após a marcação de uma falta contra o time da Serra gaúcha diante do Vitória, o atacante Ênio reclamou da arbitragem. Por isso, foi advertido com um cartão amarelo. O problema é que, de acordo com uma matéria do site GE, operadoras indicaram que houve um volume anormal de apostas de que essa punição aconteceria.
De acordo com a reportagem, seis casas diferentes sinalizaram alertas em relação à jogada. A suspeita de manipulação em casas de apostas foi então reportada tanto à CBF como ao Governo Federal. O Juventude enfrenta o Botafogo neste sábado à noite, no Rio de Janeiro, e Ênio não vai para a partida. O clube gaúcho, até o momento, não se manifestou publicamente sobre o caso. Até sexta-feira, 4, a alegação era de que ele estava sendo negociado com um clube do exterior.
As suspeitas das operadoras têm base no volume de apostas. No caso de uma delas, a informação é de que 99% das apostas de que um atleta receberia cartão amarelo apontava Ênio, enquanto todos os demais jogadores não somavam 1%. Em outra, o volume em relação ao lance representava 90% de todas as apostas relativas à partida. Além disso, entre os apostadores, estavam três atletas – os nomes não foram divulgados. Jogadores, assim como árbitros, dirigentes e integrantes de comissões técnicas são proibidos por lei de participarem de apostas.
Fonte: Correio do Povo