Foi na reunião da comissão eleitoral do Progressistas, nesta segunda-feira (30), que o deputado federal Covatti Filho (Progressistas) confirmou sua pré-candidatura ao governo do Estado, em 2026. Com o movimento, o presidente da sigla no RS tenta acalmar os ânimos e conter a divisão interna no partido, conforme antecipado pelo repórter Fábio Schaffner de Zero Hora.
Covattinho aposta na federação com o União Brasil para garantir as condições de uma candidatura própria do Progressistas, cotado até então para integrar as chapas do MDB (com o vice-governador Gabriel Souza) ou do PL (com o deputado Luciano Zucco).
A confirmação da pré-candidatura deve ser interpretada como demarcação de território. Ao se lançar, Covattinho bloqueia o debate sobre a indicação de vice, que opõe sua mãe, Silvana, ao secretário do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.
"Confesso que já vinha pensando nisso há algum tempo. Chega uma hora em que a gente precisa aceitar novas missões. Então, a partir de hoje, coloco meu nome à disposição. O Progressistas tem capilaridade, trajetória e lideranças preparadas para encabeçar um projeto de centro-direita, com lado, com pauta, mais perto das famílias, do setor produtivo e dos municípios", enfatizou o parlamentar.
Além do apoio da alta cúpula do diretório gaúcho, Covattinho recebeu um manifesto assinado por 125 prefeitos e 89 vices defendendo a candidatura própria do partido. O documento volumoso foi entregue pelo prefeito de Novo Hamburgo, Gustavo Finck.
Como não há um candidato forte ao Piratini, o PP adota a estratégia do “se colar, colou”. As pesquisas indicarão se tem alguma chance de se tornar competitivo ou se o destino PP é ser mais uma vez coadjuvante na eleição para governador.
Se a intenção de Covatti Filho é unir o PP lançando a própria candidatura, a estratégia pode ter efeito contrário. As reações desfavoráveis já começaram por parte de quem já vinha criticando o excesso de poder nas mãos da família.
Fonte: GZH