O tráfego pesado na ERS-344, que liga a área industrial de Santo Ângelo a Porto Mauá, tem se tornado um desafio cada vez maior para motoristas e transportadores. Após uma sequência de dias chuvosos, buracos e desníveis tornaram-se mais visíveis ao longo dos 5 quilômetros de rodovia que cortam o perímetro urbano santo-angelense. A situação preocupa quem utiliza a via diariamente para escoar produção e prestar serviços.
Ao longo do percurso, a equipe de A Tribuna Regional constatou que não é possível trafegar sem enfrentar crateras que variam de pequenos remendos a ondulações capazes de prejudicar a suspensão de veículos leves e até danificar carretas. Em vários pontos, o escoamento deficiente da água acaba promovendo a erosão e consequentemente, a abertura de buracos na pista.
“Em certos trechos, somos obrigados a desviar bruscamente, criando situações de perigo e filas inesperadas”, relatou um motorista de caminhão, que transporta grãos da safra local, que não quis ser identificado. Procurado pela reportagem, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) confirmou que a conservação da pista sofreu atrasos em função da demanda sobre os serviços de tapa-buracos no primeiro semestre. Segundo o órgão, estão em fase de programação intervenções de manutenção mais estruturais para o segundo semestre.
O Daer lembrou que, em 2022, recebeu R$ 2,7 milhões do Tesouro do Estado para renovar o pavimento e a sinalização do segmento entre o trevo da Fenamilho e a ponte sobre o Rio Ijuí, em Santo Ângelo. Em 2024, outros R$ 1,7 milhão foram aplicados na readequação do acesso ao distrito de Buriti, com o objetivo de reduzir o índice de acidentes. Apesar desses investimentos, as operações de tapa-buracos, não foram suficientes para conter o avanço das fissuras provocadas pelas últimas chuvas.
Redação do Jornal A Tribuna Regional