Dezembro Laranja: sol, inimigo silencioso e a urgência do diagnóstico precoce

O sol é fonte de vida, mas também pode ser um inimigo silencioso quando a proteção é negligenciada. Durante o Dezembro Laranja, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de pele, a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, o tipo de câncer mais frequente no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
 
Lesões que não cicatrizam, sangram ou doem, além de pintas com colorações variadas, formato irregular e crescimento rápido, devem servir de alerta.

Essas alterações na pele precisam ser avaliadas com urgência por um dermatologista, pois o diagnóstico precoce é determinante para a taxa de cura do câncer de pele.
 
A radiação ultravioleta é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. A exposição excessiva ao sol, especialmente entre 10h e 16h, causa danos cumulativos às células da pele, podendo levar a mutações e, consequentemente, ao surgimento de tumores cutâneos.

O uso incorreto do protetor solar também contribui para o aumento dos casos. Muitas pessoas aplicam menos produto do que o necessário, não reaplicam após o contato com água ou suor e escolhem fatores de proteção inadequados.

O ideal é utilizar protetor solar com FPS 30 ou superior, renovando a aplicação a cada duas horas, além de adotar medidas de fotoproteção física, como roupas compridas, chapéus e óculos de sol.
 
Mesmo em dias nublados ou dentro de casa, os cuidados devem continuar. Cerca de 80% dos raios ultravioleta podem atingir a pele mesmo com o céu encoberto.

Além disso, o vidro comum bloqueia parcialmente os raios UVB, mas permite a passagem dos UVA, responsáveis pelo envelhecimento e pelo aparecimento de manchas.

Por isso, o uso diário do protetor solar deve ser um hábito, inclusive em ambientes internos com luz natural ou próximos a janelas.