REGIÃO
17/03/2024 às 09:01 por Redação


Moradora de Ijuí vive há seis anos com coração artificial

Moradora de Ijuí vive há seis anos com coração artificial

Juçara Silva, moradora de de Ijuí, vive há seis anos com um coração artificial. O aparelho, carregado em uma bolsa, garantiu que a aposentada pudesse levar uma vida normal após um problema grave de saúde. "Vale a pena lutar, porque a gente passou por vários momentos que era pouca chance de sobrevivência", disse. 

"Eu sobrevivi e eu levo essa esperança, porque às vezes as pessoas têm a notícia da doença e se desespera, entra em depressão", continua Juçara. Diagnosticada com doença de Chagas há mais de 20 anos, em 2017 chegou a receber um prognóstico assustador: o avanço da doença havia levado seu coração um estágio de insuficiência avançada. Os médicos a deram mais seis meses de vida. O coração de Juçara estava prestes a parar de funcionar.

"Ela tava emagrecida, com dispneia, cansaço, não conseguia fazer suas atividades habituais e tinha uma previsão de vida de seis meses no máximo", recorda a cirurgiã cardiovascular que atendeu a paciente, Silvana Agnoletto Berwanger. "Ambulatoriamente, nós não conseguíamos mais compensar a Juçara, então a gente internou ela".

Parceria

Foi aí que começou a luta pela vida. Juçara não tinha condições de ser submetida a um transplante. A única chance de vida era com a implantação de um coração artificial. O dispositivo custa cerca de R$ 750 mil e não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

"Esse tipo de tratamento, como os dispositivos de assistência ventrícular, infelizmente ainda não estão cobertos pelo SUS. Mas existem programas filantrópicos, o principal deles é vinculado ao Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, que nós temos, em Porto Alegre uma parceria", diz a coordenadora de Transplantes Cardíacos e Dispositivos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Livia Goldraich. Foi graças a essa parceria que Juçara conseguiu receber o dispositivo. O restante do tratamento, como as cirurgias e as viagens em UTI aérea até São Paulo, foram custeados pelo SUS.

"Esse tipo de dispositivo a gente chama de coração artificial mas na verdade ele é apenas uma bomba que ajuda o coração da pessoas, que segue funcionando, a funcionar melhor", explica Livia. "Esse tipo de dispositivo a gente chama de coração artificial mas na verdade ele é apenas uma bomba que ajuda o coração da pessoas, que segue funcionando, a funcionar melhor", explica Livia. "Tô aqui hoje para comemorar seis anos de sobrevida, de vida normal. Quem passa pela rua e vê minha bolsa, não sabe que aqui tá minha vida, tá minha máquina, minha vida que eu carrego ali", comemora.

Fonte: G1 RS


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