O descarte irregular de lixo e entulho é um problema recorrente em Santo Ângelo, a exemplo das demais cidades, que sofrem com a ausência de uma consciência preservacionista por parte da população.

No entanto, com o avanço dos casos de dengue no País, o problema do lixo passou a ser um caso de saúde pública e não apenas de desleixo por parte da população.

No município, é comum ver cenas de lixo  em locais impróprios: a margem do rio Itaquarinchim, por exemplo, está entre os locais preferidos. Esta semana, a reportagem do Grupo Sepé de Comunicação percorreu a avenida Alfredo Leopoldo Fett, que margeia o arroio de norte a sul, e encontrou um quadro desolador: lixo que se acumula ao longo dos trechos entre a Tiradentes e Sagrada Família, por exemplo, além de material de demolição, entulhos e muito lixo úmido, causam o acúmulo de mosquitos e um cenário caótico. No local, restos de mobiliário e até uma caixa d’água foram descartados de forma irregular.

O lixo acumulado, além do cenário degradante, do mau cheiro e da infestação de animais rasteiros, pode gerar a proliferação do mosquito aedes aegypti, por ser um provável acumulador de água parada.

Locais com maior incidência

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Santo Ângelo, os locais de maior incidência para descarte irregular de lixo no município são as margens do rio Itaquarinchim, o prolongamento da  Avenida Venâncio Aires e até algumas áreas no interior. “Quando conseguimos identificar as pessoas são multadas”, destaca o diretor da Secretaria, Antônio Cardoso. A multa para este tipo de crime ambiental varia de R$ 500,00 a 15.000,00.

Denúncia

Para melhorar a fiscalização as equipes pedem que a população denuncie os casos de despejo de lixo em áreas urbanas, e registre a placa do veículo para que se possa proceder a multa. A Secretaria recebe denúncias pelo (55) 3312-0129  e  (55) 9.9620-2433.

Dengue

Doença febril causada por vírus, caracterizada principalmente por febre alta de início rápido. Costuma apresentar devido ao mal-estar provocado pelos sintomas que normalmente duram até sete dias.

A principal forma de transmissão é pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti.

Estado de emergência

O Rio Grande do Sul decretou estado de emergência em função da dengue em meados do março de 2024. O Estado possuía, até o fechamento desta edição, 44035 casos de dengue confirmados e 51 óbitos.

Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, até agora foram registrados 2.624.300 casos prováveis de dengue em todo o país em 2024. O último levantamento da doença, divulgado na quinta-feira, indica ainda que 1020 pessoas morreram por causa da dengue, e que outras 1.531 mortes estão em investigação.

Redação do Grupo Sepé - Jornal A Tribuna