POLÍCIA
25/04/2024 às 14:13 por Francine Boijink


Morte do soldado Lunkes, em cerco para captura de criminosos, completa cinco anos

Morte do soldado Lunkes, em cerco para captura de criminosos, completa cinco anos
Foto: Reprodução

Há cinco anos, uma das guarnições que se deslocou ao cerco montado para a captura dos criminosos que assaltaram o Banco do Brasil, em Porto Xavier, retornou para Cerro Largo sem um dos irmãos de farda. O soldado Fabiano Heck Lunkes, de 34 anos, tombou em serviço, durante o confronto. A perda do amigo e profissional querido pelos colegas com quem ombreava, na Brigada Militar, é um assunto difícil de ser abordado por quem com ele convivia.

O tenente Vanderlei Menin, comandante dessa força de segurança em Cerro Largo, estava com o soldado no cerco no momento do fato. “Inclusive, o soldado Lunkes que viu a movimentação de dois indivíduos, que se esconderam. Quando eles foram encontrados, houve confronto. O tiro pegou no lado esquerdo, pouco acima do coração. Perfurou o colete e causou o óbito do Lunkes. A maior dificuldade depois da ocorrência foi o retorno para casa. Nós fomos em três e no outro dia, depois do meio-dia, voltamos somente eu e a soldado Lermen”, relembra.

Um cenário que volta à lembrança ainda, conforme o tenente, também quando são atendidas ocorrências que, de alguma forma, possam remeter a semelhanças com aqueles momentos de cerco. Prestes a completar 30 anos de atuação na Brigada Militar, o comandante menciona o quanto o psicológico precisa ser forte para que seja possível suportar e continuar o trabalho.

“Superar a gente nunca supera, mas a gente consegue alinhar e continuar o trabalho, e sempre que chegam essas datas, como a de hoje, vem mais à tona e a gente fica mais sensível. É uma experiência que não desejaria a ninguém.  Hoje, a gente vive com a falta dele, acompanha a família, o filho dele frequenta a Brigada, a mãe sente muito”, finaliza o tenente Menin.

Francine Boijink – Redação do Grupo Sepé


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